Título:	Tímido quando atrativo? Estudo da relação entre ornamentos e ousadia na espécie de peixe Crenuchusspiluru
Autor:	Antônio Álvaro Garcia, Lima
Orientador:	Zuanon, Jansen
Coorientador:	Pires, Tiago Henrique da Silva
Palavras-chave:	Seleção Sexual Seleção Natural
Data do documento:	2017
Resumo:	A teoria de seleção sexual de Charles Darwin teve como motivação e foco principal tentar explicar as tinturas exageradas que machos de muitas espécies apresentam. Essas estruturas desafiavam a ideia central de seleção natural por sobrevivência, uma vez que machos muito ornamentados poderiam ser mais facilmente predados. Darwin então vislumbrou que as estruturas exageradas poderiam ser atrativas para Borneas, uma vantagem de acasalamento que contrapõe a desvantagem de maior risco de morte por predação. Um modelo teórico recente propôs que machos mais ornamentados, por serem potencialmente mais conspícuos para predadores, também deveriam ser mais cautelosos em suas ações no ambiente, como o forrageamento e o cortejo reprodutivo. Neste trabalho nós encontramos evidência em suporte a essa nova visão. Nós medimos a 'ousadia"(boldness) e o grau de ornamentação de machos da espécie de peixe Crenuchusspilurus (Characiformes: Crenuchidae). A ousadia foi medida como a proporção de tempo despendido por machos em explorar um novo ambiente: um aquário que continha uma pedra não familiar a eles. Esses mesmos machos tiveram as áreas das nadadeiras dorsal e anal medidas para representar um valor de ugrau de ornamentação" que indicasse diferenças de atratividade para as fêmeas/conspicuidade aos predadores entre os indivíduos testados. Ao mostrar que há uma correlação linear negativa entre a ousadia e o 'grau de ornamentação", nossos resultados dão suporte à hipótese de que machos muito ornamentados são, de fato. mais cautelosos ao explorar novos ambientes e situações, numa relação de custo-benefício entre o potencial sucesso reprodutivo e o risco de morte pela ação de predadores visualmente orientados
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