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Título: Variabilidade intra e interespecífica da densidade da madeira em função da variação ambiental ocupada por espécies de árvores dominantes na Amazônia Central
Autor: Martins, Laura
Orientador: Schietti, Juliana
Data do documento: 16-Jan-2023
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Abstract: The Amazon is dominated by relatively few tree species that can occupy relatively homogeneous habitats or a high environmental variation. It is still not well known how the characteristics of individuals of dominant species vary in relation to the environmental variation occupied by these species. Knowing this relationship will help us understand the success of the dominant species. Wood density (WD) is considered a key characteristic of plant properties; therefore, we used branch wood density values (WDB) from 290 individuals and stem wood density values (WDS) from 219 individuals of 17 dominant species, along 500 km of extension in the central Amazon to answer the question: How does the variation in WDB and WDS within and between dominant species respond to the environmental variability occupied by the species and the environmental gradients of central Amazonia? For this, we tested three hypotheses: (H1) The intraspecific variation of WD in dominant species changes as a function of the environmental variability occupied by the species, (H2) the mean value of WD changes according to the degree of environmental variability occupied by the species, and finally, (H3) the WD among individuals varies depending on local characteristics (e.g., water, soil texture, and nutrients and forest dynamics). We test these hypotheses using multiple phylogenetic linear regression models (H1 and H2) and mixed linear models (H3). We used the coefficient of variation (CV) of WD as a measure of intraspecific variation and estimated the environmental variation occupied by the species based on an index of environmental variability occupied by the species. Our results showed that as the environmental variability occupied by the species increases, the greater the intraspecific variation in the values of WDB, but not of WDS. Furthermore, as the environmental variability increases, the lower the average WDB and WDS of species. We did not find a particular model that explained the variation in WD among individuals according to the environment, the variation in WD was shown to be species-dependent. Such results suggest that the success of the dominant species may be in the ability of individuals to vary the WDB, and in the acquisition strategies adopted in the construction of the wood of the branch and stem of the species to colonize heterogeneous environments, or around more conservative strategies when they occur on more homogeneous environments. In a scenario of environmental changes, habitat modifications can favor the establishment of species that occupy more variable environments, and consequently, with lower WD, decreasing carbon stocks and altering the functioning of the forest.
Resumo: A Amazônia é dominada por relativamente poucas espécies arbóreas que podem ocupar habitats relativamente homogêneos ou uma alta variação ambiental. Ainda não é bem conhecido como as características dos indivíduos de espécies dominantes variam em relação à variação ambiental ocupada por essas espécies. Conhecer essa relação nos ajudará a entender o sucesso de espécies dominantes. A densidade da madeira (WD) é considerada uma característica integradora das propriedades da planta; portanto, usamos valores de densidade da madeira do ramo (WDB) de 290 indivíduos e do tronco (WDS) de 219 indivíduos de 17 espécies dominantes, ao longo de 500 km de extensão na Amazônia Central para responder à pergunta: Como a variação na WDB e WDS dentro de e entre espécies dominantes responde a variabilidade ambiental ocupada pelas espécies e aos gradientes ambientais da Amazônia central? Para isso, testamos três hipóteses: (H1) A variação intraespecífica de WD em espécies dominantes muda em função da variabilidade ambiental ocupada pela espécie, (H2) o valor médio de WD muda de acordo com a variabilidade ambiental ocupada pela espécie, e por último, (H3) a WD dos indivíduos varia em função características locais (e.g. água, textura e nutrientes do solo e dinâmica da floresta). Testamos essas hipóteses usando modelos de regressão lineares filogenéticas múltiplas (H1 e H2) e modelos lineares mistos (H3). Usamos o coeficiente de variação (CV) de WD como medida de variação intraespecífica e estimamos a variação ambiental ocupada pela espécie com base em um índice de variabilidade ambiental ocupada pela espécie. Nossos resultados mostraram que conforme aumenta a variabilidade ambiental ocupada pela espécie, maior é a variação intraespecífica nos valores de WDB, mas não de WDS. Além disso, conforme aumenta a variabilidade ambiental, menor é a WDB e WDS média das espécies. Não encontramos um modelo único que explicasse a variação da WD dos indivíduos de acordo com o ambiente, a variação na WD se mostrou dependente da espécie. Tais resultados sugerem que o sucesso das espécies dominantes pode estar na capacidade dos indivíduos em variar a WDB, e nas estratégias aquisitivas adotadas na construção da madeira do ramo e do tronco das espécies para colonizar ambientes heterogêneos, ou em torno de estratégias mais conservativas quando ocorrem sobre ambientes mais homogêneos. Em um cenário de mudanças ambientais, alterações no habitat podem favorecer o estabelecimento de espécies que ocupam ambientes mais variáveis, e consequentemente, com WD mais baixa, diminuindo os estoques de carbono e alterando o funcionamento da floresta.
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