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Título: Sobreposição de atividade entre dois mesopredadores simpátricos, jaguatirica (Leopardus pardalis) e irara (Eira barbara), na reserva ecológica de Maracá
Título(s) alternativo(s): Overlap in activity between two sympatric mesopredators Leopardus pardalis and Eira barbara, in the Ecological Reserve of Maracá
Autor: Pinheiro-Costa, Natusha Cacau
Orientador: Norris, Darren
Coorientador: Barnett, Adrian Paul Ashton
Spironello, Wilson Roberto
Palavras-chave: Ecologia
Padrões de atividade
Amazônia
Armadilha fotográfica
Carnívoros
Competição
Felídeo
Mustelídeo
Mamífero
Segregação de nicho
Interações predador-presa
Data do documento: 22-Set-2022
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Abstract: Predator-prey interactions are a focus in ecology and conservation due to their importance as a key structuring mechanism in biotic communities. To provide a baseline reference for conservation planning, it is important to understand how carnivores interact with their prey and competitors in areas that do not experience direct anthropogenic impacts. In this study, we investigated the temporal activity patterns of the Ocelot (Leopardus pardalis) and Tayra (Eira barbara) and their prey on a large, protected island in Brazilian Amazonia. Using photographs taken by camera-traps over two and a half years (2018-2020), we assessed the patterns of temporal overlap and separation between both carnivore species and multiple mammal and bird prey species. We estimated activity patterns using kernel density and measured the overlap between estimated paired distributions using an overlap coefficient. Using time differences between co-occurrences, we tested predictions that Tayra and Ocelot would appear less frequently at locations previously visited by the other species, and more frequently at locations previously visited by their prey. The temporal overlap between predators was lower (Δ = 0.35) than with their prey (Δ = 0.58 – 0.84 and Δ = 0.66 – 0.73 for Tayra and Ocelot respectively). There was no evidence of changes in activity between cameras with or without both carnivores. Indeed, we found more than double the number of images of Tayra at camera-traps that also had Ocelots. The subordinate Tayra appeared to avoid locations with Ocelot by at least 24 hours, whereas there were no apparent differences in the frequency of Ocelot images before or after Tayra. The results provide the first insight into temporal interactions involving sympatric carnivores and their potential prey on an Amazonian island. In general, our results suggest that Tayra may tailor their activity daily to maintain temporal separation from Ocelots. Future studies should address the poorly documented patterns across vertical forest strata for these partially arboreal carnivores.
Resumo: As interações predador-presa são um foco em ecologia e conservação devido à sua importância como mecanismo estrutural para comunidades bióticas. Para fornecer referências para planejamento e conservação, é importante entender como os carnívoros interagem com suas presas e com competidores em áreas que não sofrem impactos antropogênicos diretos. Neste estudo, investigamos os padrões de atividade temporal de jaguatirica (Leopardus pardalis), irara (Eira barbara) e suas presas, em uma grande ilha protegida na Amazônia brasileira. Usando registros obtidos por armadilhas fotográficas ao longo de dois anos e meio (2018-2020), avaliamos os padrões de sobreposição e separação temporal entre ambas as espécies de carnívoros e de várias espécies de presas, mamíferos e aves. Estimamos padrões de atividade usando densidade de kernel e medimos a sobreposição entre distribuições pareadas estimadas usando um coeficiente de sobreposição. Usando diferenças de tempo entre as coocorrências, testamos as previsões de que irara e jaguatirica apareceriam com menos frequência em locais anteriormente visitados pela outra espécie e com mais frequência em locais anteriormente visitados por suas respectivas presas. A sobreposição temporal entre os predadores (Δ = 0,35) foi menor do que com suas presas (Δ = 0,58 – 0,84 e Δ = 0,66 – 0,73 para irara e jaguatirica, respectivamente). Não houve evidência de distinção na atividade entre câmeras com ou sem ambos os carnívoros. Na verdade, encontramos mais que o dobro do número de fotos de irara em armadilhas fotográficas que também tinham jaguatiricas. Irara pareceu evitar locais anteriormente visitados por jaguatiricas por pelo menos 24 horas, não houve, no entanto, diferença aparente na frequência de fotos de jaguatirica antes ou depois do aparecimento de iraras. Os resultados fornecem a primeira visão sobre interações temporais envolvendo carnívoros simpátricos e suas presas em potencial em uma ilha amazônica. Em geral, nossos resultados sugerem que irara pode adaptar sua atividade diariamente para manter a separação temporal das jaguatiricas. Estudos futuros devem levar em consideração a pouca documentação dos padrões em estratos florestais verticais para carnívoros parcialmente arbóreos.
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