Efeito do bicarvão e pó de serra na disponibilidade dos nutrientes, crescimento e produção de milho (Zea mays. L) em latossolo amarelo distrófico na Amazônia central.
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Newton Paulo de Souza Falcão
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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Resumo
O Latossolo e a principal classe de solos da região Amazonas, possuindo a característica de baixa fertilidade, o biocarvão somado as doses crescentes de pó de serra podem contribuir para a melhoria dos atributos químicos e físicos desses solos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do biocarvão e pó de serra na disponibilidade de nutrientes proveniente de fertilizantes minerais. O experimento foi conduzido na Estação Experimental do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus-AM. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em ensaio fatorial 4x4, sendo (0, 40, 80, 120 t.ha-1
) de biocarvão (BC) e (0, 40, 80 e 120 t.ha-1
) de pó de serra (PS) com
quatro repetições. Foram avaliadas as mudanças na fertilidade do solo, nas profundidades
de 0-20 e 20-30 cm, teores de carbono e nitrogênio total nas profundidades 0-10, 10-20 e
20-30 cm, efeito do formulado NPK nas profundidades de 0-20, produtividade e matéria
seca da parte aérea da cultura do milho. Constatou-se efeito significativo nos teores de CT
nas duas profundidades (0-10 e 20-30 cm) à medida que as doses BC aumentaram,
havendo uma diferença de mais de 80 % entre a dose 0 (17,86 g kg-1
) e 120 t.ha-1
(32,16 g
kg-1
). Houve interação significativa entre o BC e PS na profundidade 10-20 cm, sendo que
a interação da dose 80 de BC e 40 PS apresentou a maior média 34.67 g kg-1 C. O efeito
residual do BC proporcionou um aumento nos teores de nitrogênio total nas profundidades
0-10 e 10-20 cm. Verificou-se um aumento crescente da relação C/N devido às doses de
BC nas três profundidades do solo estudado. O teor de alumínio trocável (Al
3+ )aumentou
com as doses de BC na profundidade 0-20 cm. O pH (H2O) apresentou valores baixos nas
duas profundidades, nas doses 40, 80 e 120 t.ha-1
de BC. A acidez potencial (H+
+ AL 3+)
apresentou a maior média, na profundidade 0-20 cm com a aplicação da dose de 120 t.ha-1
de BC (4,29 cmolc kg-1
) e na profundidade 20-30 cm a maior média obtida foi na dose 0
t.ha-1
(3,16 cmolc kg-1
). Em relação ao pó de serra (PS) somente o Al
3+ apresentou
diferença significativa (p < 0,01), ocorrendo uma maior média na dose 80 t.ha-1
(1,48
cmolc kg -1
). A soma de bases (SB), percentagem de saturação por bases (V%), capacidade
de troca de cátions potencial (T), capacidade de troca de cátions efetiva (t) obtiveram um
aumento progressivo com o aumento das doses de BC nas duas profundidades estudadas.
Houve um aumento nos teores de Ca, P, Fe e Mn nas duas profundidades com o aumento
das doses de BC. Entre os micronutrientes, o Mn e o Fe aumentaram de forma linear até a
dose 80 t.ha-1
de BC. O Zn demostrou o maior teor na dose 0 t.ha-1
de BC. Na interação
entre o BC e PS, o Mn apresentou seu maior teor na profundidade 0-20 na dose 80 t.ha-1
de BC e 40 t.ha-1
de PS e na profundidade 20-30 cm o maior teor foi na dose 80 t.ha-1
de
BC e 120 t.ha-1
. As variáveis pH (H2O), Ca e P apesar de não apresentarem diferença
significativa obtiveram teores maiores na dose 120 t.ha-1
. O Ca apresentou uma diferença
de mais de 90 % entre a dose 0 t.ha-1
e a dose 120 t.ha-1
. Houve um aumento significativo
(p<0,01 e P<0,05) nos teores Mg, Zn e Mn com o aumento das doses de BC. Na parte
nutricional da planta o Mn apresentou efeito significativo (p<0,05) tendo como melhor
teor na dose 120 t.ha-1
. Não houve efeito significativo sobre a produtividade da cultura e
matéria seca da parte aérea. O efeito residual do biocarvão depois após 10 snos de
aplicação se mostrou positivo em alguns parâmetros analisados, assim como sua interação
com o pó de serra, sendo necessárias mais pesquisas para recomendações adequadas.
Abstract:
O Latossolo e a principal classe de solos da região Amazonas, possuindo a característica
de baixa fertilidade, o biocarvão somado as doses crescentes de pó de serra podem
contribuir para a melhoria dos atributos químicos e físicos desses solos. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a influência do biocarvão e pó de serra na disponibilidade de nutrientes
proveniente de fertilizantes minerais. O experimento foi conduzido na Estação
Experimental do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus-AM. O
delineamento experimental foi em blocos casualizados, em ensaio fatorial 4x4, sendo (0,
40, 80, 120 t.ha-1
) de biocarvão (BC) e (0, 40, 80 e 120 t.ha-1
) de pó de serra (PS) com
quatro repetições. Foram avaliadas as mudanças na fertilidade do solo, nas profundidades
de 0-20 e 20-30 cm, teores de carbono e nitrogênio total nas profundidades 0-10, 10-20 e
20-30 cm, efeito do formulado NPK nas profundidades de 0-20, produtividade e matéria
seca da parte aérea da cultura do milho. Constatou-se efeito significativo nos teores de CT
nas duas profundidades (0-10 e 20-30 cm) à medida que as doses BC aumentaram,
havendo uma diferença de mais de 80 % entre a dose 0 (17,86 g kg-1
) e 120 t.ha-1
(32,16 g
kg-1
). Houve interação significativa entre o BC e PS na profundidade 10-20 cm, sendo que
a interação da dose 80 de BC e 40 PS apresentou a maior média 34.67 g kg-1 C. O efeito
residual do BC proporcionou um aumento nos teores de nitrogênio total nas profundidades
0-10 e 10-20 cm. Verificou-se um aumento crescente da relação C/N devido às doses de
BC nas três profundidades do solo estudado. O teor de alumínio trocável (Al
3+ )aumentou
com as doses de BC na profundidade 0-20 cm. O pH (H2O) apresentou valores baixos nas
duas profundidades, nas doses 40, 80 e 120 t.ha-1
de BC. A acidez potencial (H+
+ AL 3+)
apresentou a maior média, na profundidade 0-20 cm com a aplicação da dose de 120 t.ha-1
de BC (4,29 cmolc kg-1
) e na profundidade 20-30 cm a maior média obtida foi na dose 0
t.ha-1
(3,16 cmolc kg-1
). Em relação ao pó de serra (PS) somente o Al
3+ apresentou
diferença significativa (p < 0,01), ocorrendo uma maior média na dose 80 t.ha-1
(1,48
cmolc kg -1
). A soma de bases (SB), percentagem de saturação por bases (V%), capacidade
de troca de cátions potencial (T), capacidade de troca de cátions efetiva (t) obtiveram um
aumento progressivo com o aumento das doses de BC nas duas profundidades estudadas.
Houve um aumento nos teores de Ca, P, Fe e Mn nas duas profundidades com o aumento
das doses de BC. Entre os micronutrientes, o Mn e o Fe aumentaram de forma linear até a
dose 80 t.ha-1
de BC. O Zn demostrou o maior teor na dose 0 t.ha-1
de BC. Na interação
entre o BC e PS, o Mn apresentou seu maior teor na profundidade 0-20 na dose 80 t.ha-1
de BC e 40 t.ha-1
de PS e na profundidade 20-30 cm o maior teor foi na dose 80 t.ha-1
de
BC e 120 t.ha-1
. As variáveis pH (H2O), Ca e P apesar de não apresentarem diferença
significativa obtiveram teores maiores na dose 120 t.ha-1
. O Ca apresentou uma diferença
de mais de 90 % entre a dose 0 t.ha-1
e a dose 120 t.ha-1
. Houve um aumento significativo
(p<0,01 e P<0,05) nos teores Mg, Zn e Mn com o aumento das doses de BC. Na parte
nutricional da planta o Mn apresentou efeito significativo (p<0,05) tendo como melhor
teor na dose 120 t.ha-1
. Não houve efeito significativo sobre a produtividade da cultura e
matéria seca da parte aérea. O efeito residual do biocarvão depois após 10 snos de
aplicação se mostrou positivo em alguns parâmetros analisados, assim como sua interação
com o pó de serra, sendo necessárias mais pesquisas para recomendações adequadas.
