Efeito da luminosidade nas características de defesa contra herbívoros de Inga paraensis Ducke (Fabaceae: Mimosoideae)
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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Resumo
A formação de clareiras em florestas tropicais exerce profundo efeito nas plantas
que se desenvolvem no sub-bosque, especialmente devido ao aumento na
disponibilidade de luz. Nós examinamos a plasticidade ambiental das características
vegetais de defesa contra herbívoros, focando em folhas em expansão, fase durante a
qual ocorre a maioria dos danos por herbívoros. Nós amostramos arvoretas de Inga
paraensis ao longo de um gradiente de luz no sub-bosque de uma floresta de terrafirme
na Amazônia Central. Nós quantificamos as seguintes características: produção e
tempo de expansão de folhas; massa seca de fenóis totais, saponinas e nitrogênio;
atração de formigas aos nectários extraflorais e consumo foliar. Modelos de regressão
foram utilizados com combinações de características de folhas em expansão através de
uma análise de componentes principais (ACP) para prever o consumo foliar. Nós
encontramos arvoretas crescendo sob uma grande variação de condições luminosas,
desde sub-bosques sombreados (com 0,4% de abertura de dossel) a grandes clareiras
(com 13,3% de abertura de dossel). A intensidade de luz afetou positivamente o
número de folhas produzidas durante a brotação e a massa de compostos fenólicos,
porém, sem efeito sob outras características. Em média, 39% da área foliar foi
consumida ao longo do gradiente de luz. A ACP revelou quatro componentes principais
que explicaram 87% da variação entre plantas. Em geral, as características foram
combinadas em termos de composição química das folhas e características de
crescimento. Regressão linear da herbivoria enquanto função das características de
desenvolvimento demonstrou que o consumo foliar foi explicado pela expansão lenta e
a redução na produção de folhas durante a brotação. Assim, diferente de estudos com
folhas maduras, folhas em expansão de I. paraensis apresentam pouca plasticidade
quanto às características de defesa contra herbívoros ao longo de um gradiente de luz,
sugerindo que o desenvolvimento das folhas jovens se deve a um processo fisiológico
canalizado.
Abstract
The formation of treefall gaps in tropical forests has a profound effect on plants
growing in the understory, specifically due to increased light availability. We examined
plasticity to light of antiherbivore traits, focusing on expanding leaves, the phase where
the majority of herbivory occurs. We sampled Inga paraensis (Fabaceae) saplings along
a light gradient in a terra-firme forest in Central Amazonia. We quantified the following
traits: leaf production and expansion time; dry mass of total phenolics, saponins and
nitrogen; ants attracted to extrafloral nectaries; and leaf consumption. Regression
models were performed with a combination of young leaf traits by principal component
analysis (PCA) as predictor to leaf consumption. We found saplings growing under a
wide range of light conditions, from deeply shaded understory (0.4% canopy openness)
to large gaps (13.3%). Light intensity positively affected the number of leaves produced
per flush and the mass of phenolic compounds, but had no effect on any other trait. On
average, 39% of leaf area was consumed with no difference across the light gradient. A
PCA of leaf traits revealed four principal components that explained 87% of the variation
among plants. In general, traits were combined into leaf chemical composition and traits
affecting leaf growth. Linear regression of herbivory as a function of growth traits
showed the leaf consumption was best explained by slow-expansion of leaves and
fewer leaves produced per flush. Thus, unlike studies of mature leaves, young leaves of
I. paraensis show remarkably little plasticity in defense traits across a light gradient,
suggesting that young leaf development is due to a canalized physiological process.
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